sábado, 6 de novembro de 2010

Nada-com-nada

Em perfeito toque de medo e angústia me sinto a todo momento, preso ao vento que corta-me a pele. Fogo sem palha, alma desarraigada de sensatez, intrepidez dessa minha 'filosofalha' alma, oh Jean-Paul Sartre... 

Já posso inventar palavras e reinventar fábulas? Já sou poeta de minha própria poesia?

Ando com poetas que cantam o luar, cantam as constelações e a plenitude em amar, ao batuque, às vibrações de um 'instrumento cordado'... Posso contigo em silêncio cantarolar poemas,  je t'aime dizer sem "parlê francê", ouvir Antunes cantar e sentir a magia apenas pela silhueta do seu ser, participar de sua solidão sem que me perceba 'grilar'. 

Se há espetáculo e sou eu o espectador, Debord é que há de me desculpar, sua filosofia para mim não se aplica. Gautama também há de me perdoar, o dukkah vive em mim, preciso exorcizar. Cristo onde está? No céu na lua no mar?  Ah, por favor, só não me odeie por rimar...