sábado, 6 de novembro de 2010

Nada-com-nada

Em perfeito toque de medo e angústia me sinto a todo momento, preso ao vento que corta-me a pele. Fogo sem palha, alma desarraigada de sensatez, intrepidez dessa minha 'filosofalha' alma, oh Jean-Paul Sartre... 

Já posso inventar palavras e reinventar fábulas? Já sou poeta de minha própria poesia?

Ando com poetas que cantam o luar, cantam as constelações e a plenitude em amar, ao batuque, às vibrações de um 'instrumento cordado'... Posso contigo em silêncio cantarolar poemas,  je t'aime dizer sem "parlê francê", ouvir Antunes cantar e sentir a magia apenas pela silhueta do seu ser, participar de sua solidão sem que me perceba 'grilar'. 

Se há espetáculo e sou eu o espectador, Debord é que há de me desculpar, sua filosofia para mim não se aplica. Gautama também há de me perdoar, o dukkah vive em mim, preciso exorcizar. Cristo onde está? No céu na lua no mar?  Ah, por favor, só não me odeie por rimar...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Existir, inexistir, como num piscar de olhos, como uma lâmpada a piscar, num infinito a incertamente iluminar...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Três meses que comecei a viver, a respirar e andar, aprendi a amar. Pouco tempo que pode parecer uma eternidade insuficiente pela vontade de um sentimento infindável, de um amor como o nosso. Naquele momento senti-me pairar pelo universo, milhares de luzes estrelares ao meu redor, um calor maternal, aconchegante e seguro lugar, ao seus braços pela primeira vez, e assim até hoje. O primeiro beijo foi inocente, sincero, indescritível... No ônibus a volta do CCBB me sentia em um sonho, poderia estar ali só à te olhar nos olhos, me perdendo neles, me afogando sem sentir falta de ar, e querendo mais e mais ali penetrar. Qualquer que seja sua ausência me faz frágil, delicadamente frágil, mas não fraco, não uma tristeza comum, um sentimento de amor, que o amor engloba, que em amor acaba. Tenho vontade de gritar ao mundo que te amo, que você é o mais importante para mim, que daria a vida por ti, que te amo te amo e te amo, cada dia mais, cada segundo mais. Transborda em borboletas, cores e sons o que sinto por você...


The sky's still fire, but i am safe in here, from the world outside.

Eu te amo.


(encontrei esse texto em um rascunho.. pelo visto não publiquei na época e a data não está correta. suponho que tenha sido escrito em março só...)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Além do meu alcance

Entro em conflito e desespero quando vejo que estou sentindo algo diferente.Parece que meu espírito quer repeli-lo ao mesmo tempo que o almeja. Não é medo de sofrer, é medo de perceber que não tenho a capacidade de controla-lo, que escapa das minhas mãos, do meu poder.

Não estou sob o controle do meu próprio ser.

Me atormenta saber.